Espondilose

A idade chega para todos e, com ela, alguns problemas também. Por mais que tenhamos os melhores cuidados com nosso corpo e mente, às vezes eles sofrem desgastes mesmo assim – e isso é normal e da natureza do ser humano.
Um desses desgastes é quando uma parte de nossa coluna falha em sua função, sobrecarrega outra e, assim, acaba afetando toda a estrutura. À essas falhas na estrutura da coluna damos o nome de Espondilose, e você conhecerá um pouco mais sobre a doença a seguir.
Espondilose é um problema na coluna vertebral causado pelo desgaste dos seus discos, o que gera a diminuição do espaço entre cada vértebra, ocasionando o famoso “bico de papagaio” e a sua dor característica. É uma doença degenerativa de caráter crônico e progressivo, ou seja, se não tratada pode comprometer os movimentos de alguns membros do corpo, como braços e ombros.
Por mais que a coluna humana possua 3 regiões principais, a doença é mais comum nas que são móveis, ou seja, a região cervical e lombar.
Espondilose Cervical
As vértebras cervicais fazem parte da região do pescoço e as que mais são afetadas pela doença são as 3 inferiores em nível C4-C6.
Espondilose Lombar
Esse tipo da doença se manifesta na parte inferior das costas, que carrega todo o peso do corpo, e as vértebras mais atingidas são em nível L5-S1. Entre as mulheres, as mais comuns de serem atingidas são as que estão entre L4-5.
Espondilose Dorsal ou Torácica
A região torácica da coluna, localizada bem ao meio das costas, é a menos atingida pela espondilose. Quando ocorre, normalmente não apresenta sintomas, por conta de sua menor amplitude de movimento articular. Mas, se apresentar, fique atento a dores locais e irradiações esporádicas para as costelas.
Quais as causas da doença?
As alterações na coluna características da espondilose podem ter várias causas, como o avanço da idade, sobrepeso ou por conta de trabalhos repetitivos. Abaixo, explicamos sobre alguns fatores que podem causar a doença:
Excesso de crescimento dos ossos
Com o enfraquecimento da coluna, alguns ossos podem sobrecrescer para tentar compensar a coluna, tornando-a mais forte. Porém, esse sobrecrescimento pode ocorrer em zonas delicadas da coluna, como a medula espinhal e os nervos, causando dor no indivíduo.
Desidratação dos discos
Os discos que compõem a coluna vertebral possuem um tipo de gel em seu interior e tem a função de absorver choques de elevação, torção e outras atividades. Quando esse gel seca, o movimento das vértebras pode ser mais doloroso.
Hérnia de disco
O gel interno dos discos vertebrais pode vazar através de fissuras e, quando isso ocorre, pode haver pressão sobre a medula espinhal e nervos, resultando em sintomas como dormência no braço e no nervo ciático.
Lesões na coluna
Se você já sofreu algum tipo de acidente na coluna, muito provavelmente as sequelas irão acelerar o processo de envelhecimento da estrutura.
Rigidez nos ligamentos
Os ligamentos entre um disco e outro podem se tornar mais rígidos conforme o tempo, o que acaba afetando nos movimentos do pescoço.
Uso excessivo da coluna
Movimentos ou exercícios repetitivos, bem como trabalhos pesados, podem comprometer a função da coluna, pelo fato de exercerem pressão extra sobre ela, resultando em desgastes prematuros.
Os sintomas da Espondilose
O principal sintoma manifestante dessa doença é a dor intensa na região da coluna. Além desse, há outros sintomas que também se sobressaem:
Dor de ambos os lados da lombar, podendo irradiar para as nádegas e parte posterior da coxa;
Dor em volta do ombro;
Fraqueza dos músculos;
Dores de cabeça mais frequentes na parte de trás da cabeça;
Torcicolo;
Formigamento ou dormência de alguns membros, principalmente em ombros, braços e pernas.
Como é feito o diagnóstico
Se você possui os sintomas acima há mais de três meses, está na hora de visitar um médico especialista da coluna, que pode ser ortopedista ou neurocirurgião. Durante a consulta, ele irá te perguntar sobre os sintomas e realizar alguns testes clínicos, como teste de reflexo e a checagem de deficiências nos músculos.
Além deles, outros testes podem ser solicitados pelo médico, como radiografia, tomografia e ressonância magnética da coluna.
Tratamento da Espondilose
Primeiramente, é preciso aliviar a dor. Sendo assim, o médico poderá receitar a você medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios, além de sugerir repouso intenso.
Após essa etapa, pode ser recomendada, também, sessões de fisioterapia ao paciente, para que a musculatura seja reforçada e diminua, assim, a instabilidade da coluna. Porém, se mesmo assim a dor continuar extrema e não ceder com o tratamento, a solução será se submeter a uma cirurgia.
Dentre as opções do tratamento cirúrgico, encontram-se:
Laminectomia (retirada das lâminas vertebrais);
Foraminotomia (abertura dos forames, abertura para a passagem de vasos e nervos entre os ossos);
Flavectomia (retirada do ligamento amarelo, localizado na face posterior da coluna);
Osteotomia (retirada dos “bicos de papagaio”).
Fonte: www.terra.com.br